quinta-feira, 6 de maio de 2010

Você é livre?


Vivemos em um sistema alienante, em um mundo onde você é o que você possui, onde o poder da propaganda e da filosofia do consumo são capazes de manipular parte das massas do planeta. Através das músicas, dos comerciais televisivos, dos noticiários, entre outros meios de convencimento, o cidadão é estimulado a consumir e a se adequar ao modo de vida capitalista.
Esta é a realidade em que vivemos atualmente, a realidade dos outdoors, dos rótulos nas prateleiras, das etiquetas, do individualismo, da solidão, da exclusão. A busca pelo consumo desenfreado destrói as relações sociais e transforma os sentimentos e os valores em mercadorias, em coisas que podem ser compradas, em objetos com valor de uso. O capitalismo artificializa a vida, aliena, falsifica, transforma o mercado em uma grande esfera onde deve se dar a circulação de coisas e de relações humanas.
Neste contexto social, surge então dois tipos de cidadão, aquele que pode comprar e usufruir das maravilhas do sistema e aquele que não possui condições de desfrutar de iguais formas de consumo. O último, perde seu valor, não possui status, torna-se insignificante ao capital já que, até mesmo os direitos básicos que lhe são assegurados na lei são coisificados, mercantilizados.
Excluso do sistema e marginalizado o indivíduo é posto às margens trazendo à tona uma expressão comum no âmbito do capitalismo, a “questão social”. Sendo uma das caracteristicas do capitalismo, a questão social é a matéria-prima com a qual o Serviço Social trabalha na tentativa de mobilizar recursos e conscientizar o cidadão em relação aos seus direitos dentro de uma sociedade que prima pela falsa plenitude do consumo.

9 comentários:

Vitória Doretto disse...

Uhn....
verdade, né? Acabo nem pensando sobre isso, por causa da correria... mas...
acho que não sou livre... acho que ninguém é livre... ou apenas uns poucos são...
Seu texto me fez pensar bastante :)

bjão =^.^=

Lys Fernanda Rodrigues disse...

Concorto --'
Sem mais palabras, estoy triste!
Mís besos, hasta luego... ♥

"(H²K) 久保 - Hamilton H. Kubo" disse...

Perfeita sua postagem.
A Plenitude perdida.

Beijos.

Joy disse...

Falsa e ilusionista plenitude do consumo!
Estamos presos a tantas ideia formadas por terceiros e tão acostumados a aceitá-las que nossa própria liberdade nos prende!
Admirantemente bilhante seu texto...

Bjos

Rebeca Rocha disse...

É algo a se pensar. Belo post.

Anônimo disse...

Gostei muito do post, e acho que não somos tão livres...
Beijão!

Taty Rebeck disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ariane disse...

Adorei muito , concordo plenamente com você ,e acho que não livre e que ninguem não somos todos uma base presa nesse mundo !
Estou seguindo o seu blog, segue o meu?
www.ariane-lye.blogspot.com

Suelen Braga disse...

Realmente estamos distantes de ser livres, em todos os sentidos, somos forçados o tempo todo a ser uma coisa que não somos...não podemos errar, temos obrigação de prosperar, de ter um bom carro, de ter um bom casamento, bons filhos... as vezes corremos tanto em busca desse padrão que tanto exige de nós que esquecemos de sermos felizes!

Grande beijo..
Estou seguindo =*