sábado, 19 de setembro de 2009

Página do meu Diário de Campo


Balanço do estágio nos últimos quinze dias:

Não posso esconder o meu imenso entusiasmo com o inicio do estágio que, no começo me trouxe algumas preocupações, mas que, logo, desarmou dentro de mim qualquer pessimismo. Apaixonei-me ainda mais pela profissão mesmo podendo ver de perto, o descaso e a falta de recursos com o qual as profissionais são obrigadas a lidar todos os dias.
Havia em mim certo preconceito com os profissionais da rede pública, eu achava que eles não faziam um bom trabalho, que eram preguiçosos e que não atendiam com o respeito que o cidadão merece, mas posso dizer, depois de uma pesquisa, de uma observação mais concreta, que eu estava errada.
Logo, pude perceber que eu estava julgando um fato sem conhecê-lo em sua totalidade, ou pelo menos parte dele, ao me aproximar da profissão constatei a importância do trabalho realizado pelas assistentes sociais e enfermeiras no esclarecimento e prevenção de doenças. São estas, profissionais extremamente qualificadas, a meu ver, politizadas, conscientes de seu papel e de suas metas, dedicadas a saúde da mulher, gestantes, adolescentes, ao planejamento familiar.
Em poucos dias de estágio, pude perceber a extrema importância desse tipo de trabalho com a população, é de suma importância o investimento do governo na elaboração e intensificação de políticas públicas voltadas para o planejamento familiar, na prevenção e orientação de adolescentes quanto aos riscos da gravidez precoce, das doenças sexualmente transmissíveis, dos perigos das drogas e etc.
As profissionais puderam me mostrar uma forma eficaz de conciliar teoria e prática, não estabelecendo uma barreira entre as duas, e sim trazendo para a realidade do usuário uma discussão critica a respeito dos problemas em sua comunidade, em sua escola, no local de trabalho, na derrubada de tabus levantados por gerações passadas e que continuam até hoje.

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