terça-feira, 10 de novembro de 2009

VIVENDO e APRENDENDO


Hoje durante a capacitação de professores no estágio, realizado no VITAL BRASIL, foi discutido o desenvolvimento da AIDS e os grupos de risco. Inicialmente, há alguns anos atrás, dizia-se que as pessoas mais propensas a adquirir o vírus da AIDS eram os homossexuais, hemofílicos e usuários de drogas injetáveis, mas com o passar do tempo, percebeu-se que trabalhar no sentido de demarcar possíveis grupos de risco só ajudavam a reafirmar preconceitos e discriminações em relação a determinadas pessoas e práticas. Gerou-se a falsa visão de que quem não pertencia a esses grupos ou não realizava essas práticas, não estava sujeito ao vírus, dessa forma, demarcava-se uma fronteira moral.
Mas com o desenvolvimento do vírus e com a evolução da epidemia, foi constatado que o número de mulheres infectadas aumentou significativamente, e que estamos vivendo uma disseminação da doença nas camadas de baixa renda que não possuem acesso aos serviços públicos.
Logo, torna-se necessário acabarmos com o conceito de grupo de risco, tanto do ponto de vista ético como também para melhor enfrentamento da epidemia, diante do exposto, as ações começaram a se apoiar na idéia de vulnerabilidade social que condicionam as ações pessoas e interpessoais, além dos recursos disponíveis para o seu enfrentamento. A resposta que se busca com o combate à SIDA (AIDS) não é o de propor modelos “corretos e saudáveis” de comportamento, ou o emprego de uma falsa moral e sim, transformar as relações interpessoais e as condições de vida integrando ações políticas e publicas que possam ir além da superfície dos problemas trazendo a comunicação entre os diferentes não na tentativa de homogeneizar, mas de enriquecer e fortalecer os laços de proteção.

Nenhum comentário: